Filosofia Astrológica - Os Luminares pt VI - A mãe inconsciente.
Toda vez que partimos de um ponto para chegar em outro, e como tudo ocorre nessa trajetória, estamos expressando emoção.
Inconscientemente, estamos nos perguntando se há perigos ao redor ou se tudo está passivo para que se possa habitar, sentir bem-estar e proteção. Somos seres instintivos e costumamos deixar isso de lado. Este mesmo instinto é tão importante que é ele que nos direciona quando estamos perdidos em fazer escolhas tão valiosas em nossas vidas.
Se algo não sai do jeito que queríamos, pronto, já nos sentimos paralisados e ameaçados. Somos responsáveis por essa intuição - o instinto, pois o primeiro a sentí-lo é cada um de nós e mais ninguém. Porém, enquanto crianças, somos completamente tomados pelas escolhas de quem vai nos proteger idealmente: nossa mãe; e isso, pode se alongar por toda uma vida. É uma herança.
Esse presente é dado através de cuidados maternos para que sejamos saudáveis em aspectos tanto físicos como emocionais.
Quem não teve mãe, teve a avó, ou alguém com autoridade feminina apta em dar os cuidados. Ou seja, sempre a linhagem de mulheres a conduzir esses passos.
A lua é símbolo da mulher. A mulher, quando escolhe, dá a luz e doa vida através de leite (água) e afeto (sentimento). A Lua rege as águas do mundo, pois quando a maré está baixa, é lua minguante e quando a maré está alta, é porque é lua cheia. Ainda somos (ou éramos, depende do grau de aproximação com a natureza) vulneráveis às oscilações do satélite que sempre mexe com os líquidos ou com aquilo que não vemos, mas sentimos e sonhamos.
Qual era um dos elementos que tinha na bolsa que nos manteve por nove meses no ventre? Dormíamos e sonhávamos lá.
As águas do nosso corpo, de acordo com o nosso signo lunar, reagirão de um determinado modo. Tem gente que chora muito, outras soam muito, ou bebem muito, devaneia, etc. Tudo isso é água que rege enquanto estamos emocionados.
O útero do mundo: os mares e oceanos. Quando nos voltamos para eles, queremos ser, de algum jeito, acolhidos maternalmente, brincar feito crianças e sorrir à toa, como popularmente uma mãe faria com a cria dela. O colo de mãe.
Não entendo muito de Biologia e Geografia, mas sei que se não houver água, logo a terra seca. Em correlação conosco, o mesmo acontece se não houver sentimentos naquilo que amamos, ou seja, sem cuidados, morre. Quem sabe se as nossas frustrações emocionais, nossa capacidade de nos nutrir e nutrir o próximo e tudo mais não advém de influências maternas na infância? Quem sabe renegamos sentimentos, empurrando-os para o fundo do subconsciente e estejamos culpando tudo e todos pelas nossas próprias falhas? Quem sabe se não estamos com sede? Quem sabe não abandonamos a Lua?
Obrigado pelo seu tempo e qualquer coisa é só perguntar.
Por @rd_rodolfo_
Texto publicado originalmente em 10 de abril de 2020.


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